Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa suicida-se em alguma parte do planeta. Isso leva a uma média de, aproximadamente, 800 mil mortes por ano em decorrência do suicídio. No Brasil, de acordo com o CVV, todos os dias cerca de 32 pessoas morrem suicidando-se. Isso significa que, a cada 45 minutos, uma pessoa tira a própria vida em nosso país.
O suicídio é a segunda principal causa de morte de pessoas com idade entre 15 e 29 anos, segundo a OMS. De acordo com o Ministério da Saúde, as mulheres tendem a tentar mais suicídio que os homens, mas o maior número de mortes está entre os homens.
Diante de números tão alarmantes, fica evidente a importância de se falar sobre o suicídio. Esclarecer a população sobre as causas, os sinais que uma pessoa apresenta quando está prestes a se suicidar e a maneira como se comportar diante dessa situação é fundamental para prevenir esse tipo de ocorrência.
O suicídio pode ser gerado por uma série de fatores. Em muitos casos, está associado a transtornos mentais, como a depressão simples, a depressão na forma bipolar, o vício em álcool e drogas e também a esquizofrenia. Entretanto, o suicídio não está associado a apenas esses transtornos, sendo também observado em momentos de alta fragilidade de uma pessoa.
Perda de emprego, problemas financeiros graves, fim de relacionamento, morte de pessoas queridas e situações de abuso, por exemplo, podem ser o estopim para o suicídio, uma vez que muitos não conseguem lidar sozinhos com essas situações. A discriminação também é um fator que pode motivar o suicídio. Imigrantes, refugiados, gays, lésbicas e transgêneros, por serem mais comumente alvos de discriminação, são exemplos de pessoas que podem estar propícias a quadros de depressão e ao suicídio.
Para ajudarmos, primeiro devemos estar atentos aos sinais que a pessoa emite. Aquele que pensa em cometer suicídio geralmente apresenta algumas mudanças em seu comportamento. Podem ser sinais:
Isolamento;
Falta de interesse por atividades cotidianas;
Desequilíbrio emocional;
Abuso no uso de drogas;
Redução do autocuidado;
Comentários relacionados à morte e suicídio, como: “vou sumir”, “eu não aguento mais”, “queria estar morto”, entre outros.
Todos nós devemos fazer nossa parte na prevenção de casos de suicídio. Quando encontramos uma pessoa que necessita de ajuda, o primeiro passo é conversar. Saber ouvir é essencial, uma vez que julgamentos e comentários desnecessários podem afetar negativamente a pessoa em risco de se suicidar. Precisamos entender a dor do próximo, e não julgá-lo.
Além de conversar com essa pessoa sobre seus problemas, é importante incentivá-la a buscar ajuda profissional e comunicar familiares e amigos de que há suspeita de que aquela pessoa possa tentar um suicídio.